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4. Deficiências

Compreender as diferentes formas de deficiência e suas prevalências é fundamental para o desenvolvimento de interfaces acessíveis. Neste capítulo, examinaremos os principais tipos de deficiências que afetam a interação com sistemas computacionais e discutiremos estatísticas relevantes que destacam a importância da acessibilidade.

Deficiências visuais incluem uma gama de condições, desde a cegueira total até várias formas de visão reduzida. Algumas deficiências visuais, como o daltonismo, afetam a percepção de cores e podem dificultar a interpretação de interfaces que dependem fortemente de cores para transmitir informações.

A deficiência auditiva varia de dificuldades leves a perda auditiva profunda ou total. Isso pode afetar a capacidade de um usuário de receber informações através de canais auditivos, como vídeos sem legendas ou aplicações que fornecem feedback apenas através de sons.

Deficiências motoras podem afetar a capacidade de um usuário de interagir fisicamente com uma interface, como usar um mouse ou teclado. Condições como paralisia cerebral, lesões na medula espinhal ou tremores podem ter implicações significativas na forma como um usuário interage com sistemas digitais.

As deficiências cognitivas, como o Transtorno do Espectro Autista, TDAH ou demência, podem afetar a memória, a atenção e a capacidade de um usuário de processar e compreender informações.

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 15% da população mundial vive com algum tipo de deficiência. Isso equivale a cerca de 1 bilhão de pessoas. Por exemplo, estima-se que 285 milhões de pessoas em todo o mundo tenham alguma forma de deficiência visual, enquanto 360 milhões têm alguma forma de perda auditiva. Essas estatísticas sublinham a importância vital da acessibilidade em design e desenvolvimento.

Exemplos de adaptações

Para usuários com deficiência visual, técnicas como descrições textuais de imagens (conhecidas como texto alternativo) e cabeçalhos estruturados podem facilitar a navegação em um site por meio de leitores de tela.

Para aqueles com deficiência auditiva, a transcrição ou legendagem de conteúdo em áudio e vídeo é crucial. Isto não só permite que esses usuários acessem a informação, mas também beneficia outros usuários em ambientes onde o áudio não pode ser utilizado.