Livro Didático 3 - Produção de Materiais Didáticos e AVEA

Site: 2024/2
Course: 2018.1B - Planejamento e Desenvolvimento de Cursos na Modalidade a Distância
Book: Livro Didático 3 - Produção de Materiais Didáticos e AVEA
Printed by: Guest user
Date: Friday, 22 November 2024, 3:30 PM

Description

Tópico 3 - Produção de Materiais Didáticos e AVEA

Capítulo 3 - Produção de Materiais Didáticos e AVEA

Neste capítulo, você aprenderá mais sobre o processo de produção de materiais didáticos, como livros, vídeos e ambiente virtual de ensino e aprendizagem. A comunicação síncrona e assíncrona na educação a distância, no AVEA Moodle e em videoconferências também será discutida.

Introdução

Para promover ações em EaD, é preciso considerar três elementos interdependentes: materiais pedagógicos, metodologia e formato do ambiente virtual. A equipe docente do curso deve constantemente questionar se as TIC presentes no ambiente planejado serão capazes de levar o aprendiz à construção significativa do conhecimento. 

Os materiais didáticos, impressos ou digitais, são definidos de acordo com a disponibilidade de recursos para financiamento do curso, previstos no orçamento do Câmpus  ou nos termos do convênio ou parceria realizada. A equipe de materiais didáticos e AVEA tem por objetivo contribuir com a equipe docente para o planejamento dos materiais didáticos de acordo com os critérios previstos nos documentos norteadores do curso.

O Centro de Referência em Formação e EaD (Cerfead), por meio do Departamento de Educação a Distância (DEAD), articula as equipes de apoio técnico-pedagógico para assessorar os docentes no planejamento de cursos e na produção de materiais educacionais impressos e digitais. 

Foram desenvolvidos alguns processos para comunicação com o Cerfead/DEAD, como para a abertura de cursos que estejam com projetos pedagógicos já aprovados pelo CEPE. 

O(a) coordenador(a) do curso pode solicitar apoio ao Departamento de EaD do Cerfead para a organização da produção do ambiente virtual de ensino e aprendizagem do curso e a produção de materiais didáticos, como livros e videoaulas. 

Todo o trabalho inicia com a produção de conteúdos pelos docentes. A equipe entra em contato com o professor conteudista e inicia uma interação para transformar textos e ideias em materiais didáticos para educação a distância.

Os servidores do Departamento de Educação a Distância e da equipe de produção de materiais didáticos e AVEA pode contribuir com o planejamento do curso e da unidade de aprendizagem desde o estabelecimento do cronograma e do roteiro de estudos, até a organização das aulas e atividades de aprendizagem.

Os materiais didáticos produzidos em rede por estas equipes pode ser:

  • livros didáticos;
  • vídeos didáticos;
  • apresentação de slides para videoaulas e videoconferências;
  • atividades de aprendizado e avaliação;
  • ambiente virtual de ensino e aprendizagem.

O texto que disponibilizamos para estudo neste Tópico conta a história da constituição da equipe de produção de materiais didáticos do Cerfead e explica quem são os profissionais envolvidos neste processo. Nos próximos itens deste Capítulo, você conhecerá um pouco mais sobre estes materiais didáticos e os caminhos para a sua produção.

1 Livros didáticos

Na medida em que os câmpus elaborem os projetos pedagógicos dos cursos que desejam ofertar na modalidade a distância, definindo conteúdos a serem trabalhados e competências a serem desenvolvidas, inicia o planejamento de cada Unidade Curricular e dos materiais didáticos a serem utilizados.

Um fluxo de produção de livros didáticos impressos ou digitais foi desenvolvido pela equipe do Cerfead. Este fluxo pode ser adaptado, de acordo com:

  • o nível e o tipo de curso;
  • a disponibilidade do câmpus para investir pessoal, tempo e recursos na produção do curso e
  • as características do programa em que o curso está inserido, com ou sem fomento externo ao IFSC.

Veja as etapas de produção do livro didático impresso ou digital no IFSC. Em seguida, acesse o site do Cerfead e conheça alguns dos Livros Didáticos Produzidos

No próximo item, você conhecerá o template atual dos livros didáticos do Cerfead. Segundo o Guia do Designer Instrucional, o template é um documento que está organizado de forma a apresentar as informações que irão compor o livro final. É por meio do template que o designer gráfico irá diagramar o material.

O template é autoexplicativo e indica, de forma clara e objetiva, os locais que o professor deve inserir o conteúdo. Porém, sempre que houver dúvidas, o designer instrucional deve ser consultado. 

1.1 Como são produzidos os livros no Cerfead?

O quadro abaixo, também extraído do Guia do Designer Instrucional, traz uma breve explicação sobre cada uma das partes que o template atual dos livros didáticos do Cerfead apresenta.

Item

Descrição

Preenchido por:

Folha de rosto

Informações importantes do material, como: nome da UC, nome e nível do curso.

Professor
Designer Instrucional

Ficha catalográfica

Informações técnicas sobre a catalogação do material.

Bibliotecário

Copyright

Informações técnicas e descrição das informações sobre o uso do material, bem como direitos autorais.

Designer Instrucional

Apresentação

Texto de boas-vindas ao estudante.

Designer Instrucional
(Texto permanente)

Créditos - Ficha institucional e técnica

Informações institucionais e da equipe que atuou na produção do material.

Designer Instrucional
Professor
Designer Gráfico

Sumário

Títulos de cada unidade da UC, além da indicação sobre os autores e referências utilizadas.

Professor

Apresentação da Unidade Curricular

Breve descrição dos assuntos que serão abordados na UC, bem como sua importância para a formação do aluno. Este texto deve ter entre 150 e 200 palavras.

Professor

Apresentação da Unidade de aprendizagem

Texto introdutório com as competências previstas para a unidade, guiando o professor na escrita da unidade e o aluno na aprendizagem. Este texto deve ter entre 50 e 100 palavras.

Professor

Unidade de aprendizagem

Conteúdo organizado em subitens necessários para contemplar o conhecimento base da UC.

Professor

Considerações Finais

Síntese do que foi apresentado ao longo do material, promovendo reflexão sobre os conhecimentos adquiridos e sua aplicação na carreira profissional do aluno.

Professor

Sobre o Autor

Breve descrição profissional do acadêmica e professor.

Professor

Referências

Apresenta as referências utilizadas para a elaboração do material.

Professor

Após elaboração do material didático pelo professor conteudista, esse será aperfeiçoado pelo designer instrucional e pelo designer gráfico, de forma linear e interativa. Cada profissional desenvolve sua ação baseada no material apresentado na etapa anterior.

1.2 Design Instrucional

Designer Instrucional (DI) é o responsável pela adequação dos materiais didáticos do curso ao público a que se destina, à linguagem dialógica e ao modelo pedagógico. Geralmente, é um profissional do da área da educação com experiência em EaD, que analisa e participa de forma constante de todo o processo de produção do curso.

Mesmo antes do professor conteudista elaborar seu material, o DI já exerce seu papel entrando em contato com esse professor, informando prazos, encaminhando orientações e templates com especificações mínimas para o projeto, colocando-se à disposição para esclarecimentos e orientações.

Segundo o Guia do Designer Instrucional, o DI é um profissional que desenvolve atividades relacionadas a soluções educacionais, o que exige organização, planejamento, coordenação e conhecimentos de diferentes áreas.

De acordo com Filatro (2008), a atuação do designer instrucional acontece em dois níveis, o macro e o micro. No nível macro são desenvolvidas atividades que estão relacionadas ao gerenciamento do projeto educacional como um todo, tendo como foco o direcionamento da aprendizagem do aluno de acordo com os objetivos e competências propostos pelo projeto do curso. Já no nível micro, a atuação do designer instrucional está centrada na organização e adequação do conteúdo elaborado pelo professor, cujo objetivo principal está em apresentar um material dentro dos padrões da instituição, alinhado à proposta pedagógica do curso, contribuindo assim para o desenvolvimento da competência esperada do estudante.

Ainda conforme o Guia do Designer Instrucional que disponibilizamos neste Tópico, observa-se que esse profissional é responsável pelo diálogo pedagógico com os docentes e com a equipe de produção, apresentando-se como um importante mediador na construção do curso. Dentre suas principais atividades, destacam-se:

  • orientação e assessoria ao professor conteudista;
  • organização do material seguindo a metodologia adotada pela instituição;
  • adequação da linguagem para EaD;
  • criação de estratégias que valorizem as potencialidades e os recursos e mídias disponíveis no curso;
  • inclusão de recursos didáticos, como ilustrações e ícones, que facilitem a compreensão e aprendizagem do aluno;
  • estruturação do conteúdo considerando o perfil do futuro estudante;
  • mediação entre os diferentes profissionais envolvidos na produção;
  • acompanhamento das atividades de elaboração do conteúdo pela equipe de produção.

A seguir, conheceremos o trabalho de outros profissionais que compõem a equipe de produção de materiais didáticos.

1.3 Revisão de Texto

Após a elaboração do material didático pelo professor conteudista e adequação de linguagem pelo designer instrucional, é realizada a revisão textual do material, o que engloba revisão gramatical, ortográfica, normativa e até mesmo sugestões de alterações no texto para que ele se torne mais coerente, coeso ou dialógico. Todos os tipos de materiais que possuem algum tipo de texto escrito - livro impresso ou digital, apresentação de slides, ambiente virtual de ensino e aprendizagem, atividades de aprendizado, entre outros - devem passar pela revisão.

Entretanto, não é só nessa etapa que a revisão ocorre. Para termos como resultado um material bem elaborado, o ideal é que os textos passem pela revisão duas vezes - na etapa citada anteriormente e também após a diagramação do material pelo designer gráfico. Essa segunda revisão tem como objetivo principal identificar se não houve nenhuma alteração indevida e indesejada no texto no momento da diagramação, pois alterações mais profundas na estrutura do texto devem ser feitas na primeira revisão.

Segundo o Guia do Revisor, para garantir que um documento escrito apresente a qualidade necessária para a aprendizagem, é fundamental que tudo esteja muito bem articulado e claro para o aluno. Isso requer um minucioso trabalho de revisão e de adequação de sua linguagem para a modalidade a distância. Afinal, ideias confusas e mal formuladas podem gerar muitos problemas para a compreensão. Fazendo uso da norma culta da língua portuguesa e de técnicas para a construção de um texto preciso, conciso e coeso, o revisor pode lapidar o conteúdo do material, de modo a garantir que este cumpra sua finalidade pedagógica, observando as peculiaridades da educação a distância.

A base do trabalho de revisão textual é a norma culta da língua portuguesa, enquanto as diretrizes normativas são trabalhadas a partir da ABNT. Contudo, como a ABNT não dá conta de certas questões de padronização (até porque muitas dessas questões têm mais a ver com estilo do que com um "certo" ou "errado"), a equipe de Produção de Materiais Didáticos do Cerfead optou por definir algumas diretrizes de trabalho, de forma a padronizar o material didático produzido no Cerfead e - por que não? - no IFSC. O objetivo dessa tentativa de padronização não é impor um jeito específico de escrita, mas sim de unificar o material produzido, dar-lhe uma identidade. Não "pega bem" um texto estar escrito de uma maneira em um material didático e de outra maneira em outro. Por exemplo, IF-SC em um texto e IFSC em outro; câmpus (aportuguesado) em um texto e campus (no latim) em outro, ou ainda campus (nem aportuguesado nem no latim, o que torna a escrita da palavra errada de qualquer forma).

Para saber mais sobre o trabalho de revisão textual e padronizações estabelecidas no âmbito do Cerfead, consulte o Guia do Revisor nos materiais complementares.

1.4 Programação Visual


A programação visual do material didático é realizada por um profissional com formação em Design. Este profissional realiza atividades como:

  • elaborar e tratar ilustrações, imagens fotográficas e infográficos, considerando a sua adequação aos conteúdos e ao público-alvo;

  • realizar a editoração e diagramação do conteúdo textual dos materiais didáticos, em articulação com o Designer Instrucional;

  • realizar a diagramação do material produzido na EaD;

  • realizar a digitalização e tratamento de imagens;

  • criar animações pertinentes ao projeto e público direcionado;

  • transmitir mensagens complexas por meio de imagens gráficas.

2 Vídeos Didáticos

A equipe de Materiais Didáticos e AVEA do Cerfead produz vídeos didáticos para inserção no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem dos cursos.

A produção destes vídeos se dá mediante planejamento, que deve seguir um cronograma previamente estabelecido junto à equipe de produção. O processo se inicia com o preenchimento do Formulário de Solicitação de Apoio à EaD.

Após receber a solicitação de produção de vídeo, a equipe de Materiais entrará em contato com os docentes. Depois da produção do roteiro, a equipe de produção o envia aos docentes para validação e agenda as gravações. Neste capítulo, disponibilizamos algumas orientações para a produção de videoaulas.

 

Videoaulas

A videoaula é uma aula gravada e distribuída em forma de vídeo. Existem videoaulas das mais diversas áreas e formas, tratando desde reparos em automóveis até culinária.

A videoaula é muito usada na educação a distância, com o objetivo de ilustrar, reforçar e complementar o conteúdo do curso. É, portanto, um importante recurso didático que auxilia na fixação de conteúdos.

Nesse gênero, o professor faz a exposição de um determinado conteúdo, semelhantemente ao que ocorre numa aula presencial. O professor pode inclusive utilizar outros vídeos ou slides para apresentar dentro da videoaula e tecer comentários a respeito.

Para a execução de um curso oferecido pelo IFSC, as videoaulas são importantes porque o material pode ser reutilizado inúmeras vezes para o mesmo curso e até para outros cursos. Já para o aluno, elas são fundamentais porque ele pode rever as aulas sempre que achar conveniente.

Assista o vídeo a seguir, produzido pela equipe do Cerfead, e saiba mais sobre nossas videoaulas.

2.1 Como preparar uma videoaula?

A produção de uma boa videoaula consiste nas seguintes etapas:

 

Ideia

Conteúdo, objetivos de aprendizagem.

 

Roteiro

É a ideia descrita de forma escrita, para que possa contar com a colaboração da equipe do Cerfead, principalmente do Designer Instrucional, que pode dar sugestões de melhorias e adequações.

 

Pré-produção

É a viabilização de todo o material para a produção da videoaula, como vídeos ou apresentações de powerpoint.

 

Gravação

É o momento da apresentação do conteúdo.

 

Edição

É o momento de finalização do vídeo, no qual se retira os erros de gravação e se inclui os vídeos ou animações necessárias, conforme previamente combinado com a equipe.

O planejamento é importante para que a videoaula tenha o seu objetivo alcançado. Assim como o professor que atua em cursos presenciais está acostumado a preparar sua apresentação no powerpoint e "improvisar" quando a aula acontece, em uma videoaula, é possível usar recursos complementares, como animações, vídeos ilustrativos e outros materiais, que precisam ser compartilhados com a equipe de produção para facilitar a elaboração do vídeo final.

E se o professor tem algumas ideias, é importante que ele as coloque no papel para que a equipe de produção possa auxiliá-lo, propondo melhorias no conteúdo para o melhor entendimento dos alunos.

O ROTEIRO é importante para organizar a nossa ideia, pois fixa o foco no tema da videoaula, controla o tempo e planeja o uso adequado dos recursos disponíveis. Dessa forma, é otimizado o tempo  de produção do vídeo.

Vamos agora ver a estrutura básica de um roteiro.

 

2.2 Estrutura de um roteiro

1. APRESENTAÇÃO

No início do roteiro, é importante que haja um texto com apresentação da videoaula - preferencialmente algo que prenda a atenção, deixando o aluno curioso e motivado durante todo o vídeo. Evite temporariedade (bom dia, boa noite etc). Neste momento inicial, é interessante buscar "quebrar o gelo" e explorar a empatia do apresentador/locutor, para que se crie um cenário aconchegante, acessível, de proximidade, que instigue o aluno a conhecer os conteúdos e a realizar as atividades.

2. CONTEÚDO PLANEJADO

Texto que aborda o conteúdo planejado de forma direta, afinal, quanto menos tempo você utilizar para expor o conteúdo, maior a chance de você prender o aluno.

3. TEXTO DE DESPEDIDA

Texto de encerramento da videoaula, chamando para alguma ação, como dicas de leituras ou algumas tarefas para aprendizagem do conteúdo, entre outras.

Estes três passos são básicos para a produção do roteiro de qualquer videoaula, mas quanto mais detalhado o roteiro for, mais segurança e desenvoltura você terá durante a filmagem. Entretanto, lembre-se: um toque de improviso não faz mal a ninguém e pode fazer toda a diferença no resultado final.

Parece fácil, não é mesmo? Vamos ver alguns exemplos de estruturas de roteiros:

Videoaula EaD (exemplo1)

Videoaula EaD (exemplo2)

Videoaula EaD (exemplo3)

Início

Apresentação do conteúdo

Abertura com uma pergunta para reflexão

Apresentação tradicional com o nome e o tema da aula

Ponto de Virada 1

Arte / Apresentação de slides

Uso de objetos não-digitais, como o quadro

Ilustração com imagens para serem apresentadas diretamente para o aluno, com a narração do professor

Meio

Conteúdo, Atividades, Exemplos práticos

Relação da pergunta com o conteúdo da aula

Desenvolvimento do conteúdo

Desenvolvimento do conteúdo com o uso de imagens para ilustrar

Ponto de Virada 2

Arte / Animação

Uso de objetos não-digitais

Mudança de ambiente

Fim

Conclusão

Clímax, resposta à pergunta

Resolução do problema e anúncio da próxima aula.

Com estas informações, você já pode começar a colocar suas ideias no papel. Fique tranquilo, o roteiro é elaborado em conjunto com a equipe de produção de materiais, que certamente vai te ajudar a aprimorar a videoaula proposta. O importante é começar a colocar suas ideias no papel!

Lembre-se, após as gravações, a videoaula passa por todo um processo de edição antes da versão final. Então não se preocupe com erros de gravação, pois a equipe estará disponível para realizar o melhor trabalho possível.

2.3 Dicas para a produção de videoaulas

  • Utilize frases curtas, concisas e diretas, de preferência na ordem direta: sujeito+verbo+predicado.
  • Evite expressões repetitivas que muitos falam durante os vídeos, como né, então, tipo, entende, sabe?, entre outras, que acabam por tornar a aula muito cansativa. Além disso, utilize o mínimo possível jargões, a menos que você saiba que seu público tem conhecimento prévio sobre o tema ou é mais experiente na área.
  • Se você utilizar slides para a apresentação, lembre-se de que não há necessidade de incluir todo o texto neles. Em vez disso, crie slides com ideias-chave ou conceitos que precisam ser enfatizados, ou ainda inclua recursos visuais ou tabelas que ajudarão os alunos a compreender melhor o assunto.
  • Leia várias vezes o seu roteiro, pois na leitura você perceberá quais pontos estão confusos. Ao realizar esse procedimento, tente se colocar no lugar de quem irá assistir seu vídeo. Não precisa ser formal nem usar palavras difíceis. Ser muito formal e usar palavras complexas pode não ser a melhor forma de atrair a atenção dos seus alunos. Leia-o em voz alta para se certificar de que ele flui e não soa muito forçado.
  • Utilize pontos de corte. Considere a criação de pausas nos pontos que você deseja enfatizar, para permitir que seus alunos reflitam sobre o tema.

Você percebe como a forma de construção da sua videoaula pode aumentar o interesse dos seus alunos pelo conhecimento da sua unidade curricular, sendo esse ferramenta didática decisiva no aprendizado dos participantes de um curso?

E então, equipe docente? Vamos começar a pensar na produção de videoaulas? 

 

3 Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem

moodle.jpg

O Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem utilizado pela educação a distância do IFSC é o Moodle, acessível no site moodle.ead.ifsc.edu.br.

O Moodle é um sistema de gestão da aprendizagem, ou Learning Management System (LMS). É um software livre ou plataforma, acessado através da internet e armazenado num servidor do IFSC. Ele organiza os cursos e disponibiliza os materiais didáticos para que as atividades pedagógicas possam ser desenvolvidas.

Existem outras instalações do Moodle no IFSC, administradas pelos câmpus. Sendo um software livre, o Moodle pode ser utilizado livremente.

É importante compreender, entretanto, que todo o serviço prestado envolve suporte técnico aos usuários. Neste sentido, o Cerfead administra e presta suporte ao ambiente virtual de ensino e aprendizagem Moodle somente para os cursos e unidades curriculares oferecidos na modalidade EaD do IFSC.

Estes cursos podem ser acessados na Página Inicial do Moodle, através das seguintes categorias de cursos:

Após clicar na Categoria do Curso, o usuário pode acessar, por meio de links nos espaços dos cursos, diversas informações e atividades desenvolvidas pelos servidores e pelos estudantes no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem.

Estes conteúdos são planejados pelos docentes dos cursos, em interação com a equipe técnica de produção. Esta equipe, formada por profissionais de Tecnologia de Informação, Programação Visual, Produção de Vídeo, Revisão Textual e Design Instrucional, disponibiliza as informações de forma organizada no AVEA, favorecendo o estabelecimento de relações e a construção de conhecimentos e competências.

A equipe técnica também se articula a outras equipes de servidores e bolsistas dos projetos e programas de educação a distância desenvolvidos no IFSC.

 

 

 

3.1 Como abrir um curso no AVEA Moodle do IFSC?

Como analisamos até aqui, para contar com o apoio do Departamento de EaD do Cerfead para a produção de material didático para cursos a distância, coordenadores de curso devem encaminhar um documento denominado Formulário de Solicitação de Apoio à EaD, assinado pelo Chefe DEPE e pelo Coordenador de NEAD.

Após o recebimento, o/a Chefe do Departamento de EaD analisa a solicitação em relação ao Cronograma de oferta do curso e a encaminha às equipes de produção de material didático e de Administração do MoodleO curso é aberto na categoria solicitada e os docentes envolvidos, bem como equipe técnica, são associados ao "espaço virtual" no Moodle em que o curso será oferecido. 

Com o prosseguimento das ações de organização do curso, após os procedimentos de ingresso e matrícula, solicita-se que a Coordenadoria de Registro Acadêmico encaminhe a lista de matriculados nas unidades curriculares do curso à equipe de Administração do Moodle. Esta lista deve ser encaminhada numa planilha fornecida pela equipe do Cerfead.

Com o encaminhamento da lista de alunos matriculados à equipe do Cerfead pela equipe de Registro Acadêmico do câmpus ofertante, de acordo com o cronograma estabelecido no curso, os estudantes passarão a ter acesso aos conteúdos de cada Unidade Curricular do curso a distância.

Veja, a seguir, um diagrama que mostra a articulação das equipes e a sequência das ações necessárias para organização de um curso e/ou uma unidade curricular no espaço virtual de ensino e aprendizagem no Moodle.

3.2 Papéis e permissões no Moodle

Quando os servidores do IFSC e os estudantes são cadastrados no Moodle e/ou vinculados às atividades que realizarão, são atribuídos papéis a estes usuários. A cada papel, estão vinculadas determinadas permissões de ação.

São papéis atribuídos aos usuários do Moodle da Educação a Distância do IFSC:

Administrador

  • Administra o site, instalando atualizações, realizando configurações centrais, programando cópias de segurança e gerenciando a aparência do sistema (tema).
  • Define modelos de autenticação.
  • Cria categorias e cursos.
  • Insere novos usuários no sistema.
  • Vincula os usuários existentes e novos usuários a cursos.
  • Atribui papéis aos demais usuários.

Equipe Técnica

  • Edita o nome e a página da categoria do curso.
  • Edita a Unidade Curricular, disciplina ou curso a que está vinculada, criando e parametrizando recursos e atividades.
  • Importa conteúdos de outras unidades curriculares, disciplinas, cursos ou categorias às quais está vinculada.

Professor Editor

  • Edita a Unidade Curricular, disciplina ou curso a que está vinculado, criando e parametrizando recursos e atividades.
  • Importa conteúdos de outras unidades curriculares, disciplinas, cursos ou categorias às quais está vinculado.
  • Visualiza relatório de notas de unidades curriculares, disciplinas, cursos ou categorias às quais está vinculado.
  • Atribui notas e/ou conceitos aos estudantes das unidades curriculares às quais está vinculado.

Tutor a Distância

  • Edita a Unidade Curricular, disciplina ou curso a que está vinculado, criando e parametrizando recursos e atividades.
  • Importa conteúdos de outras unidades curriculares, disciplinas, cursos ou categorias às quais está vinculado.
  • Visualiza relatório de notas de unidades curriculares, disciplinas, cursos ou categorias às quais está vinculado.
  • Atribui notas e/ou conceitos aos estudantes das unidades curriculares às quais está vinculado.

Tutor Presencial

  • Visualiza os ambientes aos quais os estudantes do curso em que atua estão vinculados.
  • Visualiza relatórios de notas dos cursos aos quais está vinculado.

Estudante

  • Interage nos ambientes aos quais está vinculado, acessando materiais didáticos, enviando tarefas e participando do curso por meio das ferramentas disponibilizadas.

Visualizador

  • Visualiza os ambientes aos quais está vinculado.

3.3 Construção do AVEA

O desenvolvimento do Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem de uma Unidade Curricular envolve algumas etapas de produção cujo cronograma pode variar de acordo com a complexidade dos materiais didáticos a serem produzidos. Após receber a solicitação de produção de um ambiente virtual de ensino e aprendizagem, a equipe propõe e valida um cronograma de atendimento junto ao coordenador do curso e/ou docentes envolvidos.

As etapas de produção atualmente possuem a seguinte organização:

Etapa 1

Equipe de Produção de Materiais Didáticos e AVEA recebe a demanda e organiza o cronograma.

Etapa 2

Equipe técnica (administrador) abre o curso no sistema e insere as equipes envolvidas.

Etapa 3

Designer instrucional entra em contato com a equipe docente e apresenta o modelo do Plano Instrucional para envio dos conteúdos para o AVEA.

Etapa 4

Equipe docente elabora conteúdos e atividades e encaminha para designer instrucional.

Etapa 5

Designer instrucional organiza conteúdos e atividades; revisor de textos faz a revisão; programador visual realiza o design gráfico e equipe técnica finaliza a inserção dos conteúdos no AVEA.

Etapa 6

Designer instrucional solicita que a equipe docente visualize o ambiente virtual e o valide.

Etapa 7

Equipe docente visualiza e valida ou solicita novas alterações no ambiente virtual da unidade curricular.

Etapa 8

Equipe técnica revisa, realiza design gráfico e insere os conteúdos no AVEA.

Etapa 9

Equipe docente visualiza ambiente virtual e valida versão final.

Etapa 10

Equipe técnica recebe do Registro Acadêmico do câmpus a lista de estudantes matriculados e os insere no AVEA.

Etapa 11

Abertura do curso no AVEA.

4 Videoconferências

A videoconferência consiste em interação ao vivo, na qual os participantes estão em locais diferentes, mas podem ver e ouvir uns aos outros como se estivessem reunidos em um único local. Por isso, são uma forma de interação síncrona. A principal diferença entre videoconferência e videoaulas é a interação entre os alunos e o professor, que pode esclarecer dúvidas em tempo real.

Sobre a diferença entre comunicação síncrona e assíncrona na educação a distância, podemos destacar que:

  • na comunicação síncrona, emissor e receptor estão em sincronia, do início ao fim da transmissão. O emissor envia a mensagem, esta é recebida e respondida, numa conexão sintonizada no mesmo tempo.
  • na comunicação assíncrona, o emissor emite a mensagem e esta pode ser respondida em outro momento, sem que o diálogo se perca. É o que acontece nos fóruns, nas mensagens e em outros recursos comunicacionais em que a mensagem enviada é respondida posteriormente, e não no mesmo tempo do envio.

As videoaulas comunicam aspectos que serão recebidos pelos que assistem em momento posterior. As respostas ao conteúdo comunicado poderão aparecer nas mensagens enviadas pelos estudantes após assisti-las, através de diferentes ferramentas do ambiente virtual de ensino e aprendizagem.

As videoconferências também podem ser disponibilizadas no ambiente virtual para futuras visualizações pelos alunos. Entretanto, como pressupõem interação entre os participantes, tornam-se contextualizadas a uma situação específica de ensino e aprendizagem. Isso dificulta a sua reutilização em futuras ofertas do curso.

No curso que estamos realizando, você está tendo a oportunidade de participar de videoconferências com a Equipe Docente, pelas quais tem recebido orientações sobre a realização das atividades e participado de discussões que são levantadas pelo grupo, processualmente, à medida que o conteúdo da unidade curricular vai sendo desenvolvido. Estas videoconferências estão disponíveis para análise no espaço de Orientações Iniciais do curso.

5 Equipe Técnica do Cerfead

Este capítulo foi produzido pela Equipe Técnica do Cerfead. A produção deste conteúdo contribuiu para o alinhamento e a afirmação de nosso trabalho no IFSC. Esta equipe, ainda reduzida, mas muito motivada, realiza os procedimentos que foram descritos ao longo do capítulo.

 

Quem somos?

Maria da Glória Silva e Silva (Técnica em Assuntos Educacionais) - realiza o desenho pedagógico de cursos e materiais didáticos para o AVEA. Participa do desenvolvimento da formação continuada de técnicos e tutores, de acordo com os objetivos da EaD no IFSC. 

Daniel Mazon da Silva (Programador Visual) - realiza o desenho gráfico dos cursos no AVEA e em livros didáticos. Produz vídeos didáticos e coordena o estúdio do Cerfead. Presta assessoria técnica à publicação de conteúdos em interfaces na internet.

Vanessa Martinelli Oro (Revisora de Textos) -  revisa os textos publicados no AVEA e em livros didáticos.

Lucas Monfardine e Guillermo Figoli (Técnicos em Tecnologia da Informação) - administram o ambiente virtual de ensino e aprendizagem moodle para a EaD do IFSC. 

 

A descrição dos cargos mencionados, de acordo com o previsto na carreira federal, pode ser analisada a seguir:

Técnico em Assuntos Educacionais

Planejar, supervisionar, analisar e reformular o processo de ensino e aprendizagem, traçando metas, estabelecendo normas, orientando e supervisionando o cumprimento do mesmo e criando ou modificando processos educativos em estreita articulação com os demais componentes do sistema educacional, para proporcionar educação integral aos alunos; Elaborar projetos de extensão; Realizar trabalhos estatísticos específicos; Elaborar apostilas; Orientar pesquisas acadêmicas; Utilizar recursos de informática; Executar outras tarefas de mesma natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente organizacional.

Programador Visual

Planejar serviços de pré-impressão gráfica. Realizar programação visual gráfica e editorar textos e imagens. Trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e preservação ambiental. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Revisor de Textos

Rever textos, atentando para as expressões utilizadas, sintaxe, ortografia e precisão para assegurar-lhes correção, clareza, concisão e harmonia. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Técnico em Tecnologia da Informação

Desenvolver sistemas e aplicações, determinando interface gráfica, critérios ergonômicos de navegação, montagem da estrutura de banco de dados e codificação de programas; projetar, implantar e realizar manutenção de sistemas e aplicações; selecionar recursos de trabalho, tais como metodologias de desenvolvimento de sistemas, linguagem de programação e ferramentas de desenvolvimento; Manutenção de computadores, atendimento ao usuário e manutenção de laboratórios; Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão; Executar outras tarefas de mesma natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente organizacional. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Referências

FILATRO, Andrea. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.

Ficha Técnica

Este material foi elaborado pelos professores e pela equipe de materiais didáticos do Cerfead.

[ Conteúdo ]

Maria da Glória Silva e Silva

Daniel Mazon da Silva

Vanessa Martinelli Oro

[ Design instrucional ]

Maria da Glória Silva e Silva

[ Revisão textual ]

Vanessa Martinelli Oro

[ Programador Visual ]

Daniel Mazon da Silva

[ Revisão de ABNT ]

Eli Lopes da Silva