Livro - Referencial de Qualidade e Equipes envolvidas

Site: Moodle IFSC
Curso: Capacitação de Tutores UAB | 2017.2
Livro: Livro - Referencial de Qualidade e Equipes envolvidas
Impresso por: Guest user
Data: Wednesday, 3 Jul 2024, 04:21

Descrição

 

Apresentação

Estamos iniciando o estudo do segundo livro do curso, no qual trabalharemos os referenciais de qualidade e as equipes que atuam na EaD. Em um primeiro momento, você vai conhecer as diretrizes que levam qualidade aos cursos dessa modalidade de ensino.

Em seguida, você vai entender o funcionamento da EaD, assim como saber mais sobre as equipes atuantes no desenvolvimento e aplicação de cursos. Para atingir esses objetivos, organizamos os conteúdos nos seguintes tópicos:

.

  • Equipe multidisciplinar para a produção de materiais didáticos.
  • O corpo técnico-administrativo e pedagógico.
  • Corpo docente.
  • Tutores.

O entendimento da organização e funcionamento das equipes multidisciplinares da EaD é fundamental para sua atuação no função de tutoria.

Ótimo estudo!

2 Os referenciais de qualidade e as equipes que atuam na EaD

O documento denominado Referenciais de qualidade para a educação superior a distância, publicado pelo SEED/MEC em 2007, em conformidade com o Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005 (LDB), e com o Decreto 5.773, de junho de 2006, estabelece algumas orientações que devem ser consideradas para a oferta de cursos na modalidade a distância. Entre essas orientações destacamos, neste capítulo, as equipes que atuam na EaD.

Segundo esse documento, na modalidade a distância pode haver “uma diversidade de modelos, que resulta em possibilidades diferenciadas de composição dos recursos humanos necessários à estruturação e funcionamento de cursos nessa modalidade” (BRASIL, 2007, p. 19). Todavia, independentemente do formato do curso (usando material impresso ou online; com ou sem momentos de interações, por exemplo), os recursos humanos elencados para o planejamento e execução de um curso devem compor uma equipe com funções que sejam desenvolvidas a partir de um trabalho colaborativo, para que a qualidade do ensino oferecido seja efetiva para o processo formativo dos alunos.

     ....

O trabalho integrado e colaborativo dessa equipe no processo de ensino e aprendizagem na EaD é enfatizado por Mill, Oliveira e Ribeiro (2010), que afirmam que:

Na EaD, muito da base de conhecimento para a docência presencial é partilhada com um conjunto de outros educadores e técnicos, levando à constituição de outra configuração de docência. Ademais, na EaD essa base é necessariamente acrescida de conhecimentos peculiares a esta modalidade educacional. Nasce aí a polidocência, constituída por uma equipe de educadores e assessores que – juntos, porém não na mesma proporção – mobilizam os saberes de um professor: os conhecimentos específicos da disciplina; os saberes didático-pedagógicos do exercício docente, tanto para organizar os conhecimentos da disciplina nos materiais didáticos quanto para acompanhar os estudantes; e os saberes técnicos, para manuseio dos artefatos e tecnologias processuais, para promover a aprendizagem de conhecimentos dos estudantes (MILL; OLIVEIRA; RIBEIRO, 2010, p. 16).

Nesse sentido, o professor na educação a distância não planeja e executa o curso de forma solitária - ele depende de um grupo de outros profissionais e com eles partilha o que os autores denominam de "polidocência", que, segundo Mill, Ribeiro e Oliveira (2010), é o trabalho em que o docente se une aos trabalhadores da equipe de EaD para a realização das atividades de ensino-aprendizagem, que envolvem toda a preparação de materiais e ambiente. Sobre essa temática, Oliveira (2008, p. 207) também contribui para a nossa reflexão, afirmando que:

A função docente virtual transforma o professor indivíduo em professor coletivo, representado por uma equipe de trabalho formada por profissionais de distintas áreas de atuação (webdesigner, programador, designer instrucional, especialista em conteúdo, especialista em linguagem audiovisual, roteirista, pedagogo, psicólogo etc.), cuja constituição depende das características requeridas pela concepção, pelo desenvolvimento e pelo aperfeiçoamento de determinado projeto formativo.

Então, nessa perspectiva, apresentaremos a seguir os atores partícipes que podem compor as equipes que geralmente atuam para a oferta de um curso na modalidade a distância. Destacamos que, dependendo do modelo pedagógico adotado para o curso, as equipes podem sofrer alterações na composição de seus profissionais. Também pode haver alteração nas equipes se a oferta ocorrer por meio de fomento ou se for feita pela própria instituição.

Independentemente do modelo adotado, o comum é que um dos primeiros passos, na oferta de um curso ou programa a distância já definido, seja a produção do conteúdo que irá subsidiá-lo. É sobre esse tema que trata o tópico a seguir.

2.1 Equipe multidisciplinar para a produção de materiais didáticos

É importante ressaltar que a implementação da educação na modalidade a distância geralmente requer uma equipe multidisciplinar especialmente destinada para a produção de materiais didáticos. Dessa forma, além do professor conteudista, que é o professor titular responsável por determinada unidade curricular, outros profissionais são necessários para que os materiais apresentem dialogicidade e interatividade e para que viabilizem uma aprendizagem colaborativa entre os alunos. Entre eles, destacamos o designer instrucional, o designer gráfico, o revisor de texto e o roteirista, embora outros agentes também possam compor esse tipo de equipe. A seguir, descrevemos algumas de suas principais funções e responsabilidades.

 Designer instrucional:

  • acompanha o processo de produção do material didático impresso e eletrônico;
  • revisa e analisa o conteúdo e a coerência didática e pedagógica do material didático produzido para o curso e adapta-o à modalidade a distância;
  • orienta e assessora o professor conteudista na organização do conteúdo, buscando adequar o formato da linguagem para a EaD;
  • cria estratégias aproveitando as potencialidades e os recursos disponíveis no projeto, segundo a mídia a ser utilizada;
  • adequa a linguagem do material produzido pelos conteudistas, no sentido de deixá-la mais dialógica e acessível ao aluno;
  • estrutura o conteúdo observando o perfil do futuro estudante;
  • seleciona mídias e tecnologias de informação e comunicação para utilização nas unidades curriculares, considerando as estratégias de ensino e aprendizagem.

Designer gráfico:

  • elabora e trata ilustrações, imagens fotográficas e infográficos, considerando a sua adequação aos conteúdos e ao público-alvo;
  • realiza a edição do conteúdo textual dos materiais didáticos impressos, digitais e audiovisuais, em articulação com o designer instrucional;
  • produz as artes-finais dos materiais didáticos diagramados para o curso;
  • realiza a digitalização e o tratamento de imagens;
  • cria animações pertinentes ao projeto e público direcionado;
  • transmite mensagens complexas por meio de imagens gráficas.

Revisor(a) textual ou equipe de revisão:

  • realiza a revisão linguística do material, verificando a coerência e a coesão textual e a originalidade de autoria (direitos autorais);
  • revisa os textos dos materiais didáticos produzidos, tais como livros didáticos, provas, atividades, trabalhos, textos didáticos, entre outros, de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa;
  • revisa os textos dos materiais didáticos produzidos, tais como livros didáticos e demais documentos, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
  • revisa materiais informativos, manuais, tutoriais, materiais de divulgação, impressos e digitais, entre outros, do Departamento de Educação a Distância do Instituto Federal de Santa Catarina, de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa;
  • revisa e analisa a linguagem do material didático produzido para os cursos e adapta-a para a modalidade a distância;
  • trabalha de forma integrada com a equipe multidisciplinar;
  • sana possíveis lacunas do processo de produção de material didático com a equipe e com os professores.

Roteirista:

  • pesquisa e desenvolve estruturas de roteiro direcionadas à difusão de conteúdos para videoaulas, usando funcionalidades como desenho animado, grafismo animado, participação de professor, participação de apresentador, imagens de apoio, entre outras;
  • analisa e faz a adequação do conteúdo elaborado pelo professor à estrutura de roteiro desenvolvida, conforme o número de cenas previstas;
  • propõe e realiza os enquadramentos do conteúdo/cenas conforme as funcionalidades propostas na estrutura de roteiro;
  • elabora a redação final do roteiro conforme a narrativa de televisão;
  • elabora relatório técnico e científico ao final das atividades desenvolvidas.

SAIBA MAIS

Você pode conhecer mais detalhes sobre equipes multidisciplinares acessando o artigo de MASSENSINI, NEVES e JÚNIOR (2013), intitulado Estruturação de equipes para execução de cursos a distância: do desenho a capacitação. Este material apresenta a experiência do programa de capacitação que foi utilizado para preparar a equipe que atua na execução dos cursos a distância do SESI SENAI e pode contribuir com seu aprendizado. Acesse e confira!

Dependendo do desenho pedagógico ou mesmo da cultura institucional, a equipe multidisciplinar pode sofrer alterações, mas, de qualquer forma, deve sempre estar presente no processo de oferta de Educação a Distância. Afinal, os materiais didáticos são imprescindíveis para que o processo formativo possa contribuir para o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias para a formação do perfil do egresso de um curso ou programa a distância (MASETTO, 2008). Em convergência com a equipe de produção de material didático para a EaD, atuam também um corpo técnico-administrativo, pedagógico e tecnológico, como você verá no texto a seguir.

2.2 O corpo técnico-administrativo e pedagógico

Segundo os Referenciais de Qualidade para EaD (SEED, 2007), os corpos técnico-administrativo, pedagógico e tecnológico têm por função apoiar a realização da oferta dos cursos na modalidade EaD. No IFSC, a atuação dessa equipe pode acontecer tanto no Cerfead, junto à equipe docente responsável pela gestão do curso, quanto nos Núcleos de Educação a Distância (Neads).

As atividades desempenhadas por esses profissionais - pedagogos, técnicos em assuntos educacionais, assistentes administrativos, técnicos da tecnologia da informação, coordenadores de Neads, coordenadores de polos, entre outros - envolvem três dimensões principais: administrativa, pedagógica e tecnológica.

Na função administrativa, a atuação da equipe deve ser na secretaria acadêmica, no registro e acompanhamento de procedimentos de matrícula, avaliação e certificação dos estudantes, envolvendo o cumprimento de prazos e exigências legais em todas as instâncias acadêmicas, assim como na logística (distribuição e recebimento) do material didático e no atendimento ao estudante nos laboratórios, bibliotecas e demais espaços necessários para o desenvolvimento das atividades relativas ao curso.

Na função pedagógica, os pedagogos e técnicos em assuntos educacionais, podem contribuir com a elaboração e execução do planejamento e do projeto pedagógico de curso, por meio do uso de seus conhecimentos e competências na área da legislação educacional, especialmente a destinada à oferta de cursos a distância. Já o pedagogo pode contribuir de forma direta na reflexão sobre o desenho do curso, discutindo qual modelo pedagógico e, consequentemente, qual teoria de currículo, atividade de avaliação, atividades de estudos e mídias constituirão o curso ofertado.

Na função tecnológica, os profissionais têm como principal função colaborar no planejamento e execução do curso dando suporte tecnológicos a todos os demais agentes.

Dentro das estruturas dos sistemas de EaD, encontramos os chamados Polos ou NeADs (Núcleos de Educação a Distância), que são unidades de apoio, normalmente situadas geograficamente próximas dos alunos e que oferecem estrutura física para encontros presenciais, realização de atividades de grupos, avaliações, entre outros. Esses polos têm responsáveis que, por sua vez, possuem também responsabilidades, entre as quais está a coordenação dos processos administrativos e pedagógicos que são desenvolvidos em seu Nead ou polo.

Conforme os Referenciais de Qualidade para EaD (BRASIL, 2007, p. 23), o coordenador de um Nead necessita conhecer os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos em sua unidade, atentando para os calendários, especialmente no que se refere às atividades de tutoria presencial, zelando para que os equipamentos a serem utilizados estejam disponíveis e em condições de perfeito uso. Enfim, devem prezar para que toda a infraestrutura esteja preparada para a viabilização das atividades.

Conforme os Referenciais de Qualidade para EaD (BRASIL, 2007, p. 23), o coordenador de um Nead necessita conhecer os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos em sua unidade, atentando para os calendários, especialmente no que se refere às atividades de tutoria presencial, zelando para que os equipamentos a serem utilizados estejam disponíveis e em condições de perfeito uso. Enfim, devem prezar para que toda a infraestrutura esteja preparada para a viabilização das atividades.

Portanto, em uma oferta de um curso na modalidade a distância, deve haver o envolvimento de todos os atores e setores envolvidos (gestão, núcleo pedagógico, docentes, secretaria acadêmica, equipe de produção de materiais, tecnologia da informação, entre outros) para que o trabalho em equipe seja desenvolvido de forma colaborativa, especialmente quando for uma oferta da própria instituição.

Somam-se a esse grupo os docentes, que também atuam em conjunto com os demais profissionais da EaD, podendo assumir papéis diversos nessa modalidade educacional.

Veja a seguir!

2.3 Corpo docente

Segundo Raymundo (2011), o uso das tecnologias da informação e comunicação permite aos professores vivenciarem diferentes maneiras de mediar as situações de ensino e aprendizagem, além de possibilitar a criação de novos e diversificados procedimentos didáticos para a oferta de cursos na modalidade a distância.

Os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância (2007, p.20) alertam que é enganoso considerar que os programas a distância minimizam o trabalho e a mediação do professor. Muito pelo contrário, nos cursos superiores a distância, os professores veem suas funções se expandirem, o que requer que sejam altamente qualificados. Nessa perspectiva, entre os vários papéis assumidos por esses profissionais na educação a distância, destacam-se:

  • o professor conteudista e/ou autor, que é responsável pela produção do material didático de uma determinada unidade curricular;

  • o professor titular ou professor formador, que acompanha e operacionaliza a disciplina durante o período em que ela está disponível no ambiente virtual de ensino e aprendizagem;

  • o professor mediador, que realiza o processo de tutoria e mediação pedagógica no ambiente virtual de ensino e aprendizagem em alguns cursos ou instituições de ensino;

  • docência compartilhada, que compreende a partilha de uma unidade curricular ou curso entre docentes e outros atores que podem colaborar no planejamento e na oferta do curso, como os tutores. Portanto, trata-se de um trabalho colaborativo entre os partícipes da equipe multidisciplinar que certamente (re)significa o processo de ensinar e aprender na modalidade EaD, possibilitando o desenvolvimento de diferentes saberes entre os participantes.

É importante destacar que, dependendo da cultura institucional e também do modelo pedagógico, as funções desempenhadas pelo corpo docente e/ou até mesmo as suas denominações podem sofrer alterações. As funções acima descritas são encontradas na literatura que trata da educação a distância. Entre os autores que tratam dessa temática, destacamos Carvalho (2007); Moran (2003); Loureiro; Moura (2008); Silva (2007); Litto e Formiga (2008).

SAIBA MAIS

Se você tiver interesse em se aprofundar no função docente pode acessar o artigo intitulado Trabalho Docente na Educação a Distância, este material traz um conjunto de artigos que debatem tal assunto.

Além dos professores, também consideramos fazer parte do corpo docente da EaD os profissionais que realizam o processo de tutoria e que, por essa razão, são intitulados "tutores". De acordo com os Referenciais de Qualidade para EaD (BRASIL, 2007), um sistema de tutoria deve contribuir para o desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem e para o acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico e é necessário para o estabelecimento de uma educação a distância de qualidade. Para tanto, muitos modelos de EaD preveem a atuação de profissionais que ofereçam tutoria a distância e tutoria presencial. 

Os tutores da EaD são os profissionais de destaque neste nosso curso. Por isso, elaboramos todo um livro somente para apresentar conceitos, definições e as especificidades para a atuação na modalidade a distância.

2.4 Tutores

O papel de tutor, nosso maior foco neste curso, é parte atuante nas equipes envolvidas nos sistemas de educação a distância, tanto que muitas diretrizes do trabalho a ser realizado estão também citadas nos documentos de referencial de qualidade. Clique aqui e acesse o trecho específico referente à tutoria.

A função da tutoria é importante e citada por estudiosos da área, como Nunes (2014), que cita:

Os tutores são mediadores do processo de aprendizagem dos alunos e são fundamentais para criar situações que favoreçam à construção do conhecimento. A boa atuação de um tutor pode ser um impulsionador para um aluno desmotivado e fundamental para todos que buscam atingir seus objetivos no curso, mas se deparam com certas dificuldades. Por outro lado, um tutor que não cumpre com o seu papel a contento pode deixar muitos alunos sem o atendimento necessário e causar um clima de insatisfação ou abandono. (NUNES, 2014, p.1).

Se o tutor faz a ponte entre cursistas, ambiente, processo de aprendizagem e colaboração, seu papel nada mais é que o de um mediador. Esse profissional, em suas atividades, ouve/compreende, negocia e ajusta as necessidades tanto da instituição como do aluno, realinhando metas, auxiliando nas decisões e assegurando que a aprendizagem seja efetiva e significativa.

Assim, entre diversos elementos importantes na EaD, a figura do tutor emerge como essencial, à medida que é ele que estabelece todo um relacionamento com o cursista, tendo um papel fundamental na permanência deste no curso. A evasão é um aspecto extremamente indesejável em qualquer processo educativo e se constitui uma grande preocupação na EaD. Cabe então ao tutor usar diversas estratégias para animação, estímulo, formação de vínculos no grupo que acompanha, para que este alcance os objetivos de aprendizagem propostos no curso (OLIVEIRA, LIMA, 2009, p. 8).

Além das competências já citadas, Aretio (2002) coloca que o tutor deve possuir ainda algumas qualidades, tais como autenticidade, honradez, maturidade emocional, bom caráter e cordialidade, compreensão de si mesmo, capacidade empática, inteligência e agilidade mental, capacidade de escutar, cultura social, estabilidade emocional, capacidade de aceitação, inquietude cultural e amplos interesses, liderança, etc.

Enfim, percebe-se que a função da tutoria está diretamente associada à mediação e à comunicação. A qualidade com que é desempenhada influencia no desempenho dos estudantes e na qualidade do curso. Sendo assim, no próximo livro, nosso estudo será para aprofundar o entendimento desse processo.

Considerações finais

Neste livro, você conheceu os referenciais de qualidade para a educação a distância no Brasil. A apresentação do documento do Ministério da Educação mostrou o que o governo espera dos cursos e como regulamenta os níveis de qualidade para a modalidade. 

Além disso, você pôde conhecer as equipes envolvidas no desenvolvimento e aplicação de cursos, como o corpo técnico-administrativo e pedagógico, o corpo docente e os tutores, foco de nosso estudo.

Pôde, ainda, visualizar que o papel do tutor se aproxima da atuação do docente em alguns quesitos, sendo também importante para o aprendizado dos estudantes e para o sucesso do curso, tendo a mediação e a comunicação como elementos fundamentais na atuação.  

Para lhe dar maior base de entendimento e atuação, no próximo livro abordaremos o assunto mediação e comunicação na EaD. Então, aproveite os conteúdos que lhe darão direcionamentos para atuar com qualidade na função de tutor.

Referências

ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância. Censo EAD.BR: Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil 2014. Curitiba: Ibpex, 2015.

ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e A Distância, São Paulo, v. 10, n. 01, p.83-92, 01 jan. 2011. Anual. Disponível em:<http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf>;. Acesso em: 07 fev. 2014.

ARETIO, Lorenzo Garcia. La educación a distancia: de la teoría a la práctica. Barcelona: Ariel, 2002.

BARRETO, Raquel G. (Org.) Tecnologias educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. R. J.: Quartet, 2001

BOTTI, Sérgio Henrique de Oliveira; REGO, Sérgio. Preceptor, Supervisor, Tutor e Mentor: Quais são Seus Papéis? Revista Brasileira de Educação Médica, nº 32, v. 3, p. 363–373; 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbem/v32n3/v32n3a11.pdf>;. Acesso em 21 mar. 2016.

BRASIL, Ministério da Educação. Instrumento de Avaliação de Cursos Presenciais e a Distância. Brasília, maio 2012.

BRASIL. DECRETO 5622/05, de 19/12/2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 2005.

BRASIL. Decreto n. 5.773, de 9 de maio de 2006. Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5773.htm>; Acesso em: 25 junho 2014.

BRASIL. Decreto Nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm>; Acesso em:25 junho 2014.

BRASIL. Decreto no 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf. Último acesso em 25 de junho de 2014.

BRASIL. Ministério da Educação/SEED. Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância. 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Último acesso em 25 de junho de 2014.

BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>; Acesso em:25 junho 2014.

BRASIL. Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007. Consolidada em 29 de dezembro de 2010. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2007.

BRASIL. Universidade Aberta do Brasil — UAB. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior — CAPES (Ed.). Sobre a UAB. [200-]. Disponível em: <http://uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6&Itemid=18>;. Acesso em: 07 fev. 2015.

CARNEIRO, Ana Paula Netto; GOEDERT, Lidiane. Tutoria no CEAD: perfil e qualificação. In: PANDINI, Carmen Maria Cipriani et al. (Org). Práticas Pedagógicas na Educação a Distância: reflexões, experiências e processos. Florianópolis: UDESC, 2015.

CARVALHO, Ana Beatriz. Os Múltiplos Papéis do Professor em Educação a Distância: Uma Abordagem Centrada na Aprendizagem In: 18°Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste – EPENN. Maceió, 2007.

CNE — CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Texto orientador para a audiência pública sobre Educação a Distância. Brasília – DF: Comissão da Câmara de Educação Superior. Outubro de 2014. Disponível em: <http://www.ampesc.org.br/_arquivos/download/1414781687.pdf>;. Acesso em: 12 mar. 2016.

CNE — CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CES Nº: 564/2015 – Dispõe sobre as Diretrizes e Normas Nacionais para a oferta de Programas e Cursos de Educação Superior na Modalidade a Distância. Brasília: MEC, 2016. Disponível em: <http://www.sead.ufba.br/sites/sead.ufba.br/files/parecer_cne_ces_564_15.pdf>;. Acesso em: 12 mar. 2016.

CRUZ, Dulce Márcia. Mediação pedagógica e formação docente para a EAD: comunicação, mídias e linguagens na aprendizagem em rede. In: DALBEN, A., et al. (orgs.). Coleção Didática e prática de ensino: convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente.Belo Horizonte: Autêntica, 2010, v.2, p. 333-353.

CUNHA, Fabrício Oscar da; SILVA, Júlia Marques Carvalho. Análise das Dimensões Afetivas do Tutor em Turmas de EaD no Ambiente Virtual Moodle. XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC – 2009. Disponível em: <http://www.niee.ufrgs.br/eventos/SBIE/2009/conteudo/artigos/completos/61986_1.pdf>;. Acesso em: 08 mar. 2016.

DOTTA, Cristina Silvia. Aprendizagem dialógica em serviços de tutoria pela internet: estudo de caso de uma tutora em formação em uma disciplina a distância. Tese de Doutorado, Faculdade de Educação de São Paulo, São Paulo, 2009.

DOURADO, L.F; SANTOS, C.A. A Educação a Distância no contexto atual e o PNE 2011-2020: avaliação e perspectivas. Goiânia: editora: UFG; Belo Horizonte: Editora autêntica, 2012.

DOURADO, Luiz Fernandes. Políticas e gestão da educação superior a distância: novos marcos regulatórios?. Educ. Soc. [online]. 2008, vol.29, n. 104, pp. 891-917. ISSN 0101-7330. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302008000300012.

DOURADO, Luiz Fernandes. Reforma do Estado e as políticas para a educação superior no Brasil nos anos 90. Educação & Sociedade. Campinas: , Cedes, v. 23, n. 80, setembro/2002.

FILATRO, Andrea. Design Instrucional na Prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008.

FRAGA, Bruna Devens et al. CAPITAL INTELECTUAL E POLO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO. In: KNOWLEDGE MANAGEMENT BRASIL 2014 - 12° CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO, 12., 2014, Florianópolis. Anais... . Florianópolis: Km Brasil, 2014. v. 1, p. 1 - 10. Disponível em: <http://www.kmbrasil.com/anais/arquivos/trabalhos/60.pdf>;. Acesso em 14 mar. 2016.

GONTIJO, Cynthia Rúbia Braga. Do quadro às telas: caminhos pedagógicos da EaD na Universidade do Estado de Minas Gerais. In: SOUSA, Antonio Heronaldo de et al. (Orgs.). Práticas de EaD nas Universidades Estaduais e Municipais do Brasil: cenários, experiências e reflexões. Florianópolis: UDESC, 2015.

HACK, Josias Ricardo. Introdução à educação a distância. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2011.

HACKMAYER, Michelle Brust; BOHADANA, Estrella. Indagações acerca do cotidiano do tutor na Educação a Distância. In: ROSADO, Luiz Alexandre da Silva et al (Org.). Educação e tecnologia: parcerias 3.0 [livro eletrônico]. Rio de Janeiro: Editora Universidade Estácio de Sá, 2014.

LENZI, Greicy Kelli Spanhol. Framework para o compartilhamento do conhecimento na gestão de tutoria de cursos de educação a distância.2014. 304 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Disponível em: <http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2015/04/Greicy-Kelli-Spanhol-Lenzi.pdf>;. Acesso em: 11 abr. 2016.

LIMA, Daniela C.B.P. Documento técnico contendo estudo analítico das diretrizes, regulamentações, padrões de qualidade/regulação da EAD, com vistas a identificar políticas e indicadores de expansão da Educação Superior em EAD. Brasilia: CNE, 2014.

LITTO, Fredric; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (orgs.). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

MALLMAN, Elena Maria et al. Fluência Tecnológica Na Prática De Tutores No Moodle . IX ANPED SUL - Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul. Caxias do Sul. 2012. Anais ... Disponível em: <http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/2012/Educacao_Comunicacao_e_Tecnologias/Trabalho/06_05_58_203-7516-1-PB.pdf>. Acesso em: 08 mar. 2016.

MASETTO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN,J.M.;MASETTO M.T.; BEHRENS, M.A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2008.p.141-171.

MASSENSINI, Ariana Ramos; NEVES, Cristiane dos Reis Brandão e JÚNIOR,Celso Pinto Soares. Estruturação de equipes para execução de cursos a distância: do desenho a capacitação. Congresso ABED, 2013. Disponível em : http://www.abed.org.br/congresso2013/cd/226.doc. Acesso em 31 jan. 2017.

MATTAR, João. Tutoria e interação em educação a distância. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

MILL, D.; OLIVEIRA, Márcia Rozenfeld Gomes de; RIBEIRO, Luis Roberto de Camargo. Múltiplos enfoques sobre a polidocência na Educação a Distância virtual. In: Polidocência na educação a distância: múltiplos enfoques. São Paulo: EdUFSCar, 2010, p. 13-22.

MILL, Daniel. Docência Virtual: uma visão crítica. Campinas, SP: Papirus, 2012.

MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação a Distância: uma visão integrada. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação a Distância: sistemas de aprendizagem online. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

MORAN, José Manuel. "O que é educação a distância. 2002." Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf>;. Acesso em: 12 fev. 2016.

NUNES, Ivonio Barros. A história da EaD no mundo. In: LITTO, Fredric; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (orgs.). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

NUNES, Vanessa Battestin. Avaliação da tutoria na EaD: estado da arte. Artigo Congresso ABED, 2014. Disponível em: http://www.abed.org.br/hotsite/20-ciaed/pt/anais/pdf/58.pdf. Acesso em 31 jan 2017.

OLIVEIRA, Elsa Guimarães. Aula virtual e presencial: são rivais? In: Aula: gênese, dimensões, princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2008. p. 187-223.

OLIVEIRA, Carmen Lúcia de Araújo Paiva; LIMA, João Geraldo de Oliveira. TUTORIA ONLINE NO PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO. Debates em Educação. vol. 1, n. 1 Jan./Jun. 2009. Disponível em: <www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/download/33/27>;. Acesso em 20 mar. 2016.

PAVEZI, Adriana Maria, et al. O uso das ferramentas do ambiente virtual de aprendizagem pelos acadêmicos dos cursos de administração e processos gerenciais do NEAD-CESUMAR. In: Congresso da Associação Brasileira de Educação a Distância, Manaus. Anais… 2011. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/269.pdf>;. Acesso em: 23 mar. 2016.

QUARTIERO, Elisa M.; GOMES, Nilza Godoy; CERNY, Roseli Zen. Introdução à Educação a Distância. Florianópolis: UFSC/EAD/CED/CFM, 2005.

RIBEIRO, Elvia Nunes; MENDONÇA Gilda A de A.; MENDONÇA, Alzino Furtado. A importância dos ambientes virtuais de aprendizagem na busca de novos domínios da EAD. In: Congresso da Associação Brasileira de Educação a Distância, Goiás. Anais… 2007. Disponível em: <http://www. abed. org. br/congresso2007/tc/4162007104526am. Pdf>. Acesso em: 23 mar. 2016.

ROESLER, Jucimara; BATTISTI DE SOUZA, Alba Regina; SARTORI, Ademilde. Mediação pedagógica na educação a distância: entre enunciados teóricos e práticas construídas, Revista Diálogo Educacional, 2008, 8 (MaIo-Agosto). Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=189116834002>. Acesso em 21 mar. 2016.

SANTOS, Catarina de Almeida. A expansão da educação superior rumo à expansão do capital: interfaces com a educação a distância no Brasil, 2008. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25092009-163728/pt-br.php. Acesso em novembro de 2010.

SANTOS, Catarina de Almeida. As políticas de formação de professores na modalidade a distância no Brasil – uma orientação mundializada, Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia. 2002.

SARTORI, Ademilde; ROESLER, Jucimara. Educação Superior a Distância: gestão da aprendizagem e da produção de materiais didáticos. Tubarão: Editora Unisul, 2005.

SILVA, E.R.G; RIBAS, J.C.C.; MOREIRA, B.C.M.; BATTISTI, P.; PEREIRA, A.T.C. Gestão de polo de apoio presencia no sistema Universidade Aberta do Brasil: construindo referenciais de qualidade. Renote, v. 8, n. 3, 2010. Disponivel em: <http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/18086>;. Acesso em 12 fev. 2016

SOUZA, Alba Regina Battisti; SARTORI Ademilde Silveira; ROESLER Jucimara.  MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: entre enunciados teóricos e práticas construídas. Revista Diálogo Educ., Curitiba, v. 8, n. 24, p. 327-339, maio/ago. 2008.

ZUIN, Antonio A. S.. Educação a distância ou educação distante? O Programa Universidade Aberta do Brasil, o tutor e o professor virtual. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 935-954, out. 2006

Ficha Técnica

Este material foi elaborado pelos professores e pela equipe pedagógica e de materiais didáticos do Cerfead.


[ Conteúdo ]

Carlos Alberto Mello

Sabrina Bleicher

Giovana Schuelter


[ Design instrucional ]

Maria Luisa Hilleshein de Souza

Maria da Glória Silva e Silva

Vanessa Martinelli Oro


[ Revisão textual ]

Vanessa Martinelli Oro


[ Design gráfico ]

Daniel Mazon da Silva