🧠 Parte 1: Racismo Institucional e Racismo Científico
🔍 O que é racismo institucional?
Racismo institucional é aquele que se manifesta por meio das normas, práticas e estruturas das instituições – como escolas, empresas, hospitais e órgãos públicos – que resultam em desvantagens sistemáticas para pessoas negras, indígenas e outros grupos racializados. Diferente do racismo interpessoal (entre indivíduos), o racismo institucional nem sempre é evidente ou intencional, mas causa exclusão, desigualdade e violência simbólica.
Exemplos práticos:
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Uma escola que não inclui autores negros em seu currículo reproduz epistemicídio (apagamento de saberes).
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Um hospital que atende de forma diferenciada pacientes negros, duvidando de suas queixas de dor, perpetua desigualdade no acesso à saúde.
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Processos seletivos com critérios subjetivos que privilegiam traços associados à branquitude (como “boa aparência”) refletem vieses institucionais.
📚 Racismo científico: a falsa legitimidade da exclusão
Durante séculos, a ciência foi usada para justificar a ideia de superioridade racial. O racismo científico consistiu em tentativas pseudocientíficas de classificar seres humanos em raças hierarquizadas, associando inferioridade intelectual, moral ou física a pessoas negras, indígenas e de origem não europeia.
Importante saber:
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Essas ideias foram usadas para legitimar a escravidão, o colonialismo e a exclusão social.
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Mesmo após serem refutadas pela ciência moderna, os resquícios do racismo científico ainda afetam a forma como a sociedade enxerga os corpos racializados.
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O mito da “democracia racial” no Brasil se construiu, em parte, a partir do apagamento das evidências científicas do racismo estrutural.
Reflexão:
➡️ Como os discursos “neutros” ou “técnicos” ainda sustentam práticas racistas nas instituições que frequentamos?