1 Livros didáticos

1.3 Revisão de Texto

Após a elaboração do material didático pelo professor conteudista e adequação de linguagem pelo designer instrucional, é realizada a revisão textual do material, o que engloba revisão gramatical, ortográfica, normativa e até mesmo sugestões de alterações no texto para que ele se torne mais coerente, coeso ou dialógico. Todos os tipos de materiais que possuem algum tipo de texto escrito - livro impresso ou digital, apresentação de slides, ambiente virtual de ensino e aprendizagem, atividades de aprendizado, entre outros - devem passar pela revisão.

Entretanto, não é só nessa etapa que a revisão ocorre. Para termos como resultado um material bem elaborado, o ideal é que os textos passem pela revisão duas vezes - na etapa citada anteriormente e também após a diagramação do material pelo designer gráfico. Essa segunda revisão tem como objetivo principal identificar se não houve nenhuma alteração indevida e indesejada no texto no momento da diagramação, pois alterações mais profundas na estrutura do texto devem ser feitas na primeira revisão.

Segundo o Guia do Revisor, para garantir que um documento escrito apresente a qualidade necessária para a aprendizagem, é fundamental que tudo esteja muito bem articulado e claro para o aluno. Isso requer um minucioso trabalho de revisão e de adequação de sua linguagem para a modalidade a distância. Afinal, ideias confusas e mal formuladas podem gerar muitos problemas para a compreensão. Fazendo uso da norma culta da língua portuguesa e de técnicas para a construção de um texto preciso, conciso e coeso, o revisor pode lapidar o conteúdo do material, de modo a garantir que este cumpra sua finalidade pedagógica, observando as peculiaridades da educação a distância.

A base do trabalho de revisão textual é a norma culta da língua portuguesa, enquanto as diretrizes normativas são trabalhadas a partir da ABNT. Contudo, como a ABNT não dá conta de certas questões de padronização (até porque muitas dessas questões têm mais a ver com estilo do que com um "certo" ou "errado"), a equipe de Produção de Materiais Didáticos do Cerfead optou por definir algumas diretrizes de trabalho, de forma a padronizar o material didático produzido no Cerfead e - por que não? - no IFSC. O objetivo dessa tentativa de padronização não é impor um jeito específico de escrita, mas sim de unificar o material produzido, dar-lhe uma identidade. Não "pega bem" um texto estar escrito de uma maneira em um material didático e de outra maneira em outro. Por exemplo, IF-SC em um texto e IFSC em outro; câmpus (aportuguesado) em um texto e campus (no latim) em outro, ou ainda campus (nem aportuguesado nem no latim, o que torna a escrita da palavra errada de qualquer forma).

Para saber mais sobre o trabalho de revisão textual e padronizações estabelecidas no âmbito do Cerfead, consulte o Guia do Revisor nos materiais complementares.