2. Modelos de Administração Pública
2.2. Administração Pública Burocrática
O modelo burocrático foi criado por Max Weber no final do século XIX, durante a época do Estado Liberal. Ele buscava organizar a administração pública com mais eficiência e separar claramente o que é público e o que é privado, combatendo os problemas do modelo patrimonialista, como o nepotismo e a corrupção.
Nesse modelo, a administração é baseada em regras, hierarquia e procedimentos formais, garantindo que as decisões sejam tomadas de forma racional e organizada.
Principais Características da Burocracia
- Normas legais: Tudo é baseado em regras e regulamentos claros.
- Comunicações formais: As informações são registradas e oficializadas.
- Divisão do trabalho: Cada pessoa tem funções específicas.
- Imparcialidade: Relacionamentos profissionais são conduzidos sem favoritismo.
- Hierarquia: Existe uma ordem clara de autoridade.
- Padronização: Rotinas e procedimentos seguem padrões definidos.
- Meritocracia: Valorização da competência técnica.
- Especialização: Cada área tem profissionais capacitados.
- Profissionalismo: Os membros da organização são treinados para suas funções.
- Previsibilidade: O funcionamento da organização segue padrões estáveis.
Vantagens do Modelo Burocrático
- Racionalidade: As ações são guiadas por objetivos claros.
- Cargos definidos: Cada pessoa sabe exatamente suas responsabilidades.
- Rapidez: Decisões são tomadas com base em regras predefinidas.
- Clareza: Regulamentos são interpretados de forma única e objetiva.
- Uniformidade: Procedimentos são padronizados.
- Continuidade: A organização mantém estabilidade, mesmo com mudanças de pessoal.
- Redução de conflitos: Regras claras diminuem atritos entre funcionários.
- Estabilidade: Decisões consistentes em situações semelhantes.
- Confiabilidade: Decisões baseadas em normas são mais seguras.
- Benefícios organizacionais: Hierarquia, treinamento e meritocracia promovem eficiência.
Desvantagens do Modelo Burocrático
- Apego às regras: As normas podem se tornar o foco principal, em vez dos objetivos.
- Excesso de burocracia: Documentação e formalidades geram lentidão.
- Resistência às mudanças: Funcionários tendem a evitar mudanças e preferem seguir padrões antigos.
- Despersonalização: Relacionamentos entre colegas tornam-se impessoais, focados apenas em cargos e funções.
- Decisões rígidas: Falta de flexibilidade para resolver problemas de forma criativa.
- Rotinas limitadoras: Procedimentos fixos podem restringir iniciativas inovadoras.
- Sinais de autoridade: Hierarquias rígidas enfatizam diferenças de poder por meio de símbolos como títulos e posições.
- Dificuldade com o público: Normas internas podem dificultar o atendimento às necessidades externas, gerando insatisfação.